Fragmentos de uma filosofia da infância
- Paulo Magalhães
- 8 de ago. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 12 de ago. de 2023

Existe uma filosofia da educação, mas não existe filosofia da infância. Como se a criança
fosse sempre este “não suficiente”, que é preciso levar para fora para tirá-la de sua condição
presente e preenchê-la, na passagem, com uma cultura totalmente exterior.
Será a infância um problema filosófico somente enquanto ser-que-virá? Ou será que,
como diz Freinet, “a criança é da mesma natureza que o adulto”? Neste dossiê queremos trazer à
luz uma outra representação da criança e aproximar ou opor Freinet a outros grandes
filósofos. Filósofo, poeta e camponês - assim Freinet definia “Mathieu”, seu alter ego.
Que Freinet seja um poeta, a riqueza de sua linguagem e a riqueza de suas
metáforas o provam. Que esteja impregnado pela cultura camponesa, todos concordam facilmente ao ler seus textos. Mas filósofo? Quanta dificuldade tem a nossa universidade para aceitá-lo como
tal...



Comentários